Um número recorde de pessoas – quase 1,3 milhão – foi deslocado internamente no Haiti devido à violência, disseram as Nações Unidas ontem.
Isso representa um aumento de 24 % desde dezembro de 2024, de acordo com o relatório da ONU, que acrescentou que era “o maior número de pessoas deslocadas pela violência já registrada no país”.
O Haiti, o estado mais pobre das Américas, sofre há muito tempo com a violência de gangues criminosas, acusadas de assassinatos, estupros, pilhagem e seqüestros, em meio à instabilidade política.
“Por trás desses números estão tantas pessoas individuais cujo sofrimento é incomensurável”, disse Amy Pope, diretora geral da Organização Internacional de Migração (OIM) da ONU, em comunicado.
Muitas dessas pessoas foram “forçadas a fugir de suas casas várias vezes, geralmente sem nada, e agora vivendo em condições que não são seguras nem sustentáveis”, acrescentou Pope.
De acordo com a OIM, a capital do Haiti, porto-príncipe, continua sendo o epicentro da crise, mas a violência de gangues se espalhou além da cidade.
“Ataques recentes nos departamentos do Centro e Artibonitas forçaram dezenas de milhares de moradores a fugir, muitos agora vivem em condições precárias e abrigos improvisados”, disse a agência.