Lei do “vício” do Afeganistão

O chefe de direitos humanos da ONU criticou ontem as últimas leis do Afeganistão que restringem os direitos das mulheres, denunciando a repressão “ultrajante” e “incomparável” de metade da população do país.

Falando perante o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, Volker Turk deixou clara sua “aversão a essas últimas medidas”.

O governo talibã no Afeganistão publicou uma lei amplamente criticada em agosto, reforçando ainda mais as restrições à vida das mulheres.

A nova lei de “vício e virtude” determina que a voz de uma mulher não deve ser levantada fora de casa, e que as mulheres não devem cantar ou ler poesia em voz alta. Ela exige que elas cubram todo o corpo e rosto se precisarem sair de casa, o que elas devem fazer apenas “por necessidade”.

Essas medidas, destacou Turk, vêm somar-se a medidas anteriores que incluíam “proibir meninas de frequentar o ensino médio e mulheres de frequentar a universidade; negar os direitos das mulheres à liberdade de reunião pacífica, opinião, expressão e liberdade de movimento; e restringir severamente os direitos das mulheres de procurar emprego”.

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