Um grupo de hackers norte-coreano roubou criptomoedas no valor de mais de US$ 300 milhões da exchange DMM Bitcoin, com sede no Japão, de acordo com a polícia japonesa e o FBI dos Estados Unidos.

O grupo TraderTraitor – que se acredita fazer parte do Grupo Lazarus, que está supostamente ligado às autoridades de Pyongyang – executou o assalto, informou a Agência Nacional de Polícia do Japão na terça-feira.

O Grupo Lazarus ganhou notoriedade há uma década, quando foi acusado de invadir a Sony Pictures como vingança por “A Entrevista”, um filme que zombava do líder norte-coreano Kim Jong Un.

O FBI detalhou “o roubo de criptomoeda no valor de US$ 308 milhões de dólares americanos da empresa de criptomoeda DMM, com sede no Japão, por atores cibernéticos norte-coreanos” em um comunicado separado datado de segunda-feira.

Ele descreveu uma operação de “engenharia social direcionada”, em que um hacker fingiu ser um recrutador no LinkedIn para entrar em contato com um funcionário de uma empresa diferente de software de carteira criptografada.

Eles enviaram ao funcionário o que parecia ser um teste pré-contratação, que na verdade continha uma linha de código maliciosa.

Isso permitiu que o hacker comprometesse seu sistema e se passasse por funcionário, disse o FBI.

“No final de maio de 2024, os atores provavelmente usaram esse acesso para manipular uma solicitação de transação legítima feita por um funcionário da DMM, resultando na perda de 4.502,9 Bitcoin, no valor de US$ 308 milhões na época”, afirmou.

“O FBI, a Agência Nacional de Polícia do Japão e outros governos dos EUA e parceiros internacionais continuarão a expor e combater o uso de atividades ilícitas pela Coreia do Norte – incluindo crimes cibernéticos e roubo de criptomoedas – para gerar receitas para o regime”, afirmou.

O programa de guerra cibernética da Coreia do Norte remonta pelo menos a meados da década de 1990.

Desde então, cresceu para uma unidade de guerra cibernética de 6.000 homens, conhecida como Bureau 121, que opera em vários países, de acordo com um relatório militar dos EUA de 2020.

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