O verão do hemisfério norte de 2024 registrou as maiores temperaturas globais já registradas, superando a máxima de 2023 e tornando este ano provavelmente o mais quente já registrado na Terra, disse ontem o monitor climático da UE.
Os dados do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus ocorreram após uma temporada de ondas de calor ao redor do mundo que, segundo cientistas, foram intensificadas pelas mudanças climáticas causadas pelo homem.
Condições climáticas extremas atingiram o mundo todo — com cerca de 1.300 mortos durante o calor extremo no hajj em Meca, calor intenso testando a economia e o sistema elétrico da Índia e incêndios florestais devastando partes do oeste dos Estados Unidos.
“Durante os últimos três meses de 2024, o globo vivenciou o junho e agosto mais quentes, o dia mais quente já registrado e o verão boreal mais quente já registrado”, disse Samantha Burgess, vice-diretora do Copernicus, em um relatório.
“Essa série de temperaturas recordes está aumentando a probabilidade de 2024 ser o ano mais quente já registrado.”
A temperatura média global na superfície da Terra foi de 16,82 °C em agosto, de acordo com o Copernicus, que se baseia em bilhões de medições de satélites, navios, aeronaves e estações meteorológicas.
A temperatura global de junho e agosto ultrapassou o nível de 1,5 °C acima da média pré-industrial — um limite fundamental para limitar os piores efeitos das mudanças climáticas.