Duplica patrulhas para encontrar barcos de migrantes
A guarda costeira da Malásia disse ontem que estava duplicando as patrulhas em suas águas para localizar barcos que transportavam migrantes indocumentados de Mianmar, depois de quase 200 terem sido detidos em uma ilha no estado de Kedah, no noroeste da Malásia.
A guarda costeira disse que a polícia deteve 196 migrantes indocumentados de Mianmar nas primeiras horas de ontem, depois que o barco deles desembarcou em uma praia na ilha turística de Langkawi.
“Com base nas informações recebidas pela guarda costeira, há mais dois barcos transportando migrantes indocumentados de Mianmar no mar, mas a sua localização exata ainda é desconhecida”, afirmou a guarda costeira num comunicado.
O diretor-geral da guarda costeira da Malásia, Mohd Rosli Abdullah, disse que as autoridades estavam patrulhando as águas do norte de Langkawi e áreas fronteiriças e providenciaram a realização de vigilância aérea para localizar os barcos.
A guarda costeira também está em contacto com as autoridades tailandesas para identificar o movimento dos barcos que transportam os migrantes, disse Mohd Rosli.
Ontem, o diário local inglês The Star informou que cerca de 200 refugiados Rohingya de Mianmar haviam desembarcado em Langkawi. Os Rohingya são uma minoria predominantemente muçulmana na maioria budista de Mianmar.
A guarda costeira não especificou na sua declaração se os migrantes eram Rohingyas.
Cerca de um milhão de Rohingyas fugiram, principalmente para o vizinho Bangladesh, para escapar a uma ofensiva militar de Mianmar lançada em Agosto de 2017, uma campanha que os investigadores da ONU descreveram como um exemplo clássico de limpeza étnica.
Os governantes militares de Mynamar negam as acusações.
A Malásia, que não reconhece o estatuto de refugiado, é há muito tempo um destino preferido da etnia Rohingya que foge da perseguição em Myanmar ou dos campos de refugiados no Bangladesh.