A Rússia poderia desempenhar um papel fundamental em um acordo no futuro do programa nuclear do Irã, com Moscou sendo apontada não apenas como um possível destino para o estoque do Irã de urânio altamente enriquecido, mas também como um possível árbitro de violações de negócios.
Trump, que abandonou um pacto nuclear de 2015 entre Teerã e poderes mundiais em 2018 durante seu primeiro mandato, ameaçou atacar o Irã, a menos que atinja rapidamente um novo acordo que o impediria de desenvolver uma arma nuclear.
Quatro horas de negociações indiretas entre os EUA e o Irã no Roma no sábado, sob a mediação de Omã, fizeram um progresso significativo, segundo autoridades dos EUA. Outras negociações técnicas devem ser entregues em Genebra nesta semana, seguidas por outra reunião diplomática de alto nível no próximo fim de semana em Omã, relata o Guardian.
O enviado especial de Trump, Steve Witkoff, que estava no coração das conversas de Roma, quer um acordo encerrado em 60 dias, mas provavelmente enfrentará resistência do ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, que acredita nos níveis de desconfiança e a natureza técnica das negociações tornam esse acordo tão rápido.
Enquanto isso, a mídia iraniana retrata Teerã como ocupando uma posição forte após as negociações nucleares de sábado com os Estados Unidos, relata a AFP.
“O poder militar do Irã forçou a América a negociar”, encabeça o jornal Kayhan, cuja linha editorial há muito se opôs a qualquer compromisso ou negociações com os EUA.
“Os americanos precisam de nós e da credibilidade que as negociações com o Irã lhes dão”, escreveu o jornal, ainda descrevendo Trump como um “psicopata não confiável”.