Diz alto funcionário dos EUA
Um alto funcionário da Casa Branca disse na quinta-feira que o Paquistão, com armas nucleares, está desenvolvendo capacidades de mísseis balísticos de longo alcance que eventualmente poderiam permitir-lhe atingir alvos muito além do Sul da Ásia, tornando-o uma “ameaça emergente” para os Estados Unidos.
A revelação surpresa do vice-conselheiro de Segurança Nacional, Jon Finer, ressaltou até que ponto os laços outrora estreitos entre Washington e Islamabad se deterioraram desde a retirada das tropas dos EUA do Afeganistão em 2021. Também levantou questões sobre se o Paquistão mudou os objectivos dos programas de armas nucleares e mísseis balísticos, há muito destinados a contrariar os da Índia, com a qual travou três grandes guerras desde 1947.
Falando ao Carnegie Endowment for International Peace, Finer disse que o Paquistão tem buscado “tecnologia de mísseis cada vez mais sofisticada, desde sistemas de mísseis balísticos de longo alcance até equipamentos, que permitiriam o teste de motores de foguete significativamente maiores”.
Se essas tendências continuarem, disse Finer, “o Paquistão terá a capacidade de atingir alvos muito além do Sul da Ásia, inclusive nos Estados Unidos”. O número de Estados com armas nucleares e mísseis que podem atingir o território dos EUA “é muito pequeno e tendem a ser adversários”, continuou ele.