O Tribunal Constitucional da Coreia do Sul decidiu ontem que muitas das metas climáticas do país eram inconstitucionais, concedendo uma vitória histórica aos jovens ativistas ambientais, que choraram de alegria nos degraus do tribunal.
O primeiro caso desse tipo na Ásia, movido por crianças e adolescentes que nomearam um embrião como autor principal, alegou que os compromissos climáticos juridicamente vinculativos da Coreia do Sul eram insuficientes e não cumpridos, violando seus direitos humanos garantidos constitucionalmente.
O tribunal decidiu que as metas climáticas limitadas do governo violam a constituição, pois “não protegem suficientemente os direitos básicos do povo”, disseram os representantes legais dos demandantes após a audiência.
Em 2021, a Coreia do Sul assumiu um compromisso juridicamente vinculativo de reduzir as emissões de carbono em 290 milhões de toneladas até 2030 — e atingir emissões líquidas de carbono zero até 2050. Para atingir essa meta, o país precisa reduzir as emissões em 5,4% a cada ano a partir de 2023 — uma meta que eles não conseguiram atingir até agora. Como resultado da decisão, Seul agora terá que revisar suas metas climáticas, disse um advogado dos demandantes