Passageiros dirigem por uma rua em Teerã em 26 de outubro de 2024. Foto: AFP

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Passageiros dirigem por uma rua em Teerã em 26 de outubro de 2024. Foto: AFP

Os EUA e a Grã-Bretanha pediram uma “desescalada” depois que Israel atingiu no sábado alvos militares em todo o Irã em ataques de retaliação mortais, enquanto os países muçulmanos culpavam Israel por exacerbar o conflito.

Aviões israelenses atingiram bases militares, locais de mísseis e outros sistemas em diversas regiões iranianas em retaliação a uma barragem de mísseis no início deste mês. O Irã disse que dois soldados morreram nos ataques.

– EUA:’Exercício de legítima defesa’ –

Os Estados Unidos instaram o Irão no sábado a parar de atacar Israel para quebrar o ciclo de violência “sem nova escalada”.

A “resposta de Israel foi um exercício de autodefesa e evitou especificamente áreas povoadas e concentrou-se apenas em alvos militares, ao contrário do ataque do Irão contra Israel que teve como alvo a cidade mais populosa de Israel”, disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Sean Savett, aos jornalistas, sublinhando que os Estados Unidos não participou da operação.

“É nosso objetivo acelerar a diplomacia e diminuir as tensões na região do Médio Oriente”, disse ele.

– Grã-Bretanha: ‘desescalada’ –

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, apelou à “desescalada” e disse que o Irão não deveria responder aos ataques de Israel.

“Penso que precisamos de deixar bem claro que Israel tem o direito de se defender, mas estamos a apelar, e temos apelado a todas as partes, para que mostrem moderação, e é por isso que estou muito claro hoje, o Irão não deveria responder a isso”, disse Starmer.

– Saudita:’Ameaça a segurança’ –

A Arábia Saudita condenou Israel e alertou contra qualquer nova expansão do conflito no Médio Oriente.

“O Reino da Arábia Saudita expressa a sua condenação e denúncia” dos ataques israelitas, afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros, repetindo a sua “posição firme de rejeição da escalada do conflito na região”, que “ameaça a segurança e a estabilidade dos países e povos”. no Oriente Médio.

– Síria: ‘Solidariedade’ com o Irã –

A Síria expressou a sua “solidariedade” com o seu aliado Irão.

O Ministério das Relações Exteriores disse apoiar “o direito legítimo do Irã de se defender e proteger seu território e a vida de seus cidadãos”.

– Iraque: ‘Alargamento do conflito entre Israel’ –

O Iraque acusou Israel de expandir o conflito no Médio Oriente e denunciou a inacção global.

“A entidade ocupante sionista continua as suas políticas agressivas e alarga o conflito na região através de ataques flagrantes que realiza impunemente”, disse o porta-voz do governo Basim Alawadi num comunicado, citando “o silêncio da comunidade internacional” sobre as ações israelitas.

– Jordânia:’Escalada perigosa’ –

A Jordânia disse que os ataques “violam o direito internacional e a soberania (do Irã), e constituem uma escalada perigosa que leva a mais tensão na região”.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Sufyan Qudah, apelou à comunidade internacional para “assumir as suas responsabilidades e tomar medidas imediatas para impor o fim da agressão israelita a Gaza, à Cisjordânia e ao Líbano como um primeiro passo para reduzir a escalada”.

– Paquistão: ‘minando a estabilidade’ –

O Paquistão condenou os ataques de Israel, dizendo que tinha “total responsabilidade” pela escalada do conflito no Médio Oriente.

“Estes ataques minam o caminho para a paz e a estabilidade regionais e também constituem uma escalada perigosa numa região já volátil”, afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros num comunicado.

– Hamas:’Violação da soberania’ –

O movimento islâmico palestino Hamas, que está em guerra com Israel em Gaza e apoiado pelo Irã, atacou Israel.

“Condenamos nos termos mais veementes a agressão sionista contra a República Islâmica do Irão e o ataque a instalações militares em diversas províncias”, afirmou o movimento num comunicado, qualificando a medida de “uma violação flagrante da soberania iraniana e uma escalada que ameaça a segurança da região”.

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