O presidente russo, Vladimir Putin, disse ontem que o esforço da OTAN para aumentar os gastos com defesa não era uma “ameaça” para a Rússia, dias antes da aliança estar pronta para assinar um plano para aumentar sua capacidade militar em toda a Europa.
Em uma entrevista coletiva noturna, o líder russo também disse que suas tropas não parariam de avançar na Ucrânia e procuraram minar seu colega ucraniano Volodymyr Zelensky.
A Aliança Militar Ocidental realizará uma cúpula crucial em Haia na próxima semana para discutir o aumento dos gastos de defesa para cinco por cento do PIB, sob pressão do presidente dos EUA, Donald Trump.
Putin lançou sua ofensiva na Ucrânia como parte de um conflito mais amplo entre a Rússia e a OTAN liderada pelos EUA, que tem sido o mais forte defensor da Ucrânia desde que a Rússia lançou sua ofensiva em fevereiro de 2022.
“Não consideramos nenhum rearmamento da OTAN como uma ameaça à Federação Russa, porque somos auto-suficientes em termos de garantir nossa própria segurança”, disse Putin em uma conferência de imprensa televisionada em São Petersburgo.
A Rússia está “constantemente modernizando nossas forças armadas e capacidades defensivas”, disse Putin, acrescentando que “não fazia sentido” para gastar mais dinheiro em armas.
Embora ele tenha concedido gastos mais altos pela OTAN criaria alguns desafios “específicos” para a Rússia, ele os ignorou.
“Vamos combater todas as ameaças que surgem. Não há dúvida sobre isso”, acrescentou Putin.
Kyiv está buscando garantias de segurança da OTAN como parte de qualquer acordo para acabar com os combates, mais de três anos depois que a Rússia ordenou sua ofensiva militar em larga escala.
Moscou demonstrou pouca disposição para recuar, com Putin dizendo ontem que a Rússia tinha a “vantagem estratégica” no campo de batalha.